Atraso de Jobson foi protesto por demora de pagamento, diz empresário
De acordo com Antenor Joaquim, atraso de salários causou saída do atacante do Bahia
Jobson estava com pagamento atrasado, diz
empresário do atacante (Foto: Bianca Rothier)
Após o desligamento de Jobson, histórias de bastidores a respeito do atacante vieram à tona, acompanhadas de especulações sobre os motivos que levaram à saída do jogador do clube baiano. Na manhã desta quinta-feira, o representante de Jobson, Antenor Joaquim, deu sua versão para a dispensa do atacante.empresário do atacante (Foto: Bianca Rothier)
- O que causou a saída foi o pagamento que não saiu. Estão querendo criar justificativas para a saída do Jobson. Ele não tem um dos maiores salários do Bahia e estava com o pagamento atrasado. A atitude de chegar atrasado à concentração foi a forma que achou para protestar – disse o empresário.
Joaquim confirmou que o atacante havia recebido um vale R$ 10 mil na última sexta-feira, que teria sido repassado à mãe do jogador.
- O atraso do Bahia no pagamento dos salários não gera juros, mas o atraso do Jobson no pagamento das contas, sim. Então, como fica? Acho que o Jobson tem o direito de protestar, mesmo que não tenha sido da melhor forma, e o Bahia tem direito de rescindir, mas como isso deve ser encarado? – questiona Joaquim.
Ao tomar conhecimento da versão do empresário de Jobson, a assessoria de imprensa do Bahia confirmou que houve atraso de pagamento, mas apenas no salário do mês de julho, que deveria ter sido depositado no dia 5 de agosto. O clube destacou que, em todo o período em que Jobson esteve no Bahia, não houve atrasos no depósito dos vencimentos, com exceção do mês passado.
A assessoria informou que a dívida será quitada até esta sexta-feira e acrescentou que, devido ao atraso no pagamento de julho, a diretoria decidiu antecipar os vencimentos do mês de agosto, que também serão depositados até esta sexta.
Apesar de apresentar as justificativas do jogador, Antenor Joaquim não nega que Jobson tenha dificuldade para lidar com dinheiro. O empresário atribui ao passado do atacante sua forma de administrar os bens ganhos com o sucesso no futebol.
- O Jobson ainda não sabe lidar com dinheiro, porque não teve instrução para isso. Todos os vales entregues a ele foram descontados do salário. Ele cumpriu seu papel dentro de campo, mas tinha contas a pagar, precisava administrar uma casa com filho pequeno e mulher grávida – afirmou Joaquim.
O empresário avalia que não houve ato de indisciplina. No suposto protesto realizado por Jobson, Joaquim vê falta de tato do jogador para administrar a cobrança que existia sobra ele.
- Jobson não suportou a pressão que aconteceu fora de campo e achou que a melhor forma era transgredir. Não houve indisciplina – disse.
Joaquim aproveitou para negar a informação fornecida por fontes ligadas ao Bahia de que Jobson teria levado uma mulher à concentração antes da partida contra o Palmeiras, realizada no dia 18 de agosto, na capital paulista. A tentativa de transgredir regras antes do jogo contra o São Paulo também foi rechaçada.
- Depois do jogo contra o Palmeiras, todos os jogadores foram liberados para sair. Estive com Jobson até pouco depois da meia-noite e garanto que não teve bebedeira. Ele estava junto de outros atletas do Bahia. Depois do jogo contra o São Paulo ele foi liberado, mas não saiu da concentração – concluiu.
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